Paraty negríndia

A chuva vem arrasando
A imposição elétrica
Da humanidade desesperada
Oxigenando o ar
De fragrâncias de terra
Do cheiro das herbas no vento.

Uma tromba de vida
Antes e depois de nós
Da prepotência do homo nuclear
Dos Angras 1 e 2
Nuvens corredoras
Por baixo das cimas
Por cima dos "grandes" homens.

Chamadas indígenas
Entre pilares coloniais
Paraty Mirim crescendo
No açaí dos passarinhos.

E a professora das crianças
Branca como o sol
Criando esperanças
Na humanidade feminista:
As vidas todas importam
As vidas negras importam
As vidas originárias importam
A pachamama importa.
A Vale* não vale
O que a Vale destrói.
Para quem tudo vale
Nada vale o suficiente.

*Empresa mineradora protagonista de crimes ambientais e, por tanto, também sociais, junto com os responsáveis políticos envolvidos.



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